quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O Desenvolvimento Embrionário nos Mamíferos



Desenvolvimento Embrionário nos Mamíferos


Na Classe dos mamíferos encontramos representantes ovíparos, ovovivíparos e vivíparos e são classificados como:

·  Prototheria
          - Orifícios anal e genito-urinário
          - São ovíparos mas bebem leite maternal
          - Não apresentam placenta
          - Ovo telolécito
          - Ex: Ornitorrinco

·  Metatheria
          - Oviductos separados: dois úteros e duas vaginas
          - A gestão dá-se numa bolsa abdominal cutânea onde se encontram as glândulas
            mamárias
          - Possuem placenta, embora rudimentar 
          - Ovo alécito
          - Ex: Canguru

·  Eutheria
          - Desenvolvimento embrionário no útero
          - Possuem uma placenta evoluída
          - Ovo alécito
          - Ex: Homem

A ovogénese nos humanos, consiste na formação dos gâmetas femininos, É o processo de formação dos ovócitos maduros. Este processo de maturação inicia-se antes do nascimento e é completado depois da puberdade.

Esse processo consiste em três fases:

Fase de multiplicação ou de proliferação: É uma fase de mitoses consecutivas, quando as células germinativas aumentam em quantidade e originam ovogônias. Nos fetos femininos humanos, a fase proliferativa termina por volta do final do primeiro trimestre da gestação. Portanto, quando uma menina nasce, já possui em seus ovários cerca de 400 000 folículos de Graff. É uma quantidade limitada, ao contrário dos homens, que produzem espermatogônias durante quase toda a vida.


 

Fase de crescimento: Logo que são formadas, as ovogônias iniciam a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I. Passam, então, por um notável crescimento, com aumento do citoplasma e grande acumulação de substâncias nutritivas. Esse depósito citoplasmático de nutrientes chama-se vitelo, e é responsável pela nutrição do embrião durante seu desenvolvimento.

Terminada a fase de crescimento, as ovogônias transformam-se em ovócitos primários (ovócitos de primeira ordem ou ovócitos I). Nas mulheres, essa fase perdura até a puberdade, quando a menina inicia a sua maturidade sexual.

Fase de maturação: Dos 400 000 ovócitos primários, apenas 350 ou 400 completarão sua transformação em gametas maduros, um a cada ciclo menstrual. A fase de maturação inicia-se quando a menina alcança a maturidade sexual, por volta de 11 a 15 anos de idade.

Quando o ovócito primário completa a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I, origina duas células. Uma delas não recebe citoplasma e desintegra-se a seguir, na maioria das vezes sem iniciar a segunda divisão da meiose. É o primeiro corpúsculo (ou glóbulo) polar.

A outra célula, grande e rica em vitelo, é o ovócito secundário (ovócito de segunda ordem ou ovócito II). Ao sofrer, a segunda divisão da meiose, origina o segundo corpúsculo polar, que também morre em pouco tempo, e o óvulo, gameta feminino, célula volumosa e cheia de vitelo.
 
A Segmentação inicia-se com uma sequência de divisões mitóticas ainda na trompa. Estas divisões são bastante rápidas e permitem aumentar apenas o número de células e não o tamanho do zigoto. Quando este chega ao estado de 32 células designa-se por mórula. As células que constituem a mórula designam-se por blastômeros. Estas células estão distribuídas de maneira heterogénea e então as que se encontram mais perifericamente designam-se por trofoblasto - que dará origem ao córion -  e as mais internas por células da massa celular interna - que darão origem ao embrião e restantes anexos embrionários.
A seguir dá-se a formação do blastocele e a mórula passa a chamar-se de blastocisto. Este chega ao útero aproximadamente 5 dias após a fecundação, onde irá ocorrer a nidação. Na nidação, o blastocisto liberta-se das células da zona pelúcida e penetra no endométrio.

Na Gastrulação ocorrem diversas alterações morfológicas. O trofoblasto é formado pelo sinciciotrofoblasto que engloba o blastocisto e pelo citotrofoblasto que recobre o blastocele. As células da massa celular interna vão-se diferenciar e formar o hipoblasto que vai envolver o blastocele e formar a cavidade amniótica. Dá-se formação também do epiblasto. A gástrula é agora formada por duas cavidades - amniótica e vitelina - e por um disco central constituído pelo epiblasto e hipoblasto.
Ocorre a formação da mesoderme extra-embrionária, entre as células da massa celular interna e o trofoblasto. Neste tecido surgem cavidades, o celoma extra-embrionário, rodeado por um folheto interno - esplancnopleura - e um folheto externo - somatopleura.

 

Na 3ª semana ocorre uma concentração de células no epiblasto na região posterior (junto ao pedículo do embrião). Isto vai criar a linha primitiva que vai desde esta concentração de células até ao centro do disco bilaminar central. Esta linha termina no Nó de Hensen. Começa a haver invaginação de células em direcção ao hipoblasto que vão substituí-lo e formar a endoderme, o epiblasto passa a chamar-se ectoderme e as células entre eles de mesoderme. Agora o disco central passa a ser um disco trilaminar.
No interior da mesoderme vai-se formar a notocorda.

 

Na Neurulação há formação da placa neural - dá-se invaginação da parte central da placa neural formando-se o sulco neural e as suas bordas designam-se por pregas neurais que fecham o sulco. O sulco fecha-se e separa-se da ectoderme e passa a chamar-se tubo neural.

Na Organogénese os somitos vão dar os esclorótomos (ladeiam o tubo neural), os miótomos e o dermotomo. A mesoderme das lâminas laterais forma o celoma intra-embrionário, rodeado também pelo esplancnopleura e somatopleura.

O embrião começa a crescer bastante rápido para dentro da cavidade amniótica até que fica completamente envolvido pelo âmnio. A cavidade vitelina separa-se do intestino primitivo médio, ficando unidos apenas pelo pedículo vitelino. À junção do pedículo com a esplancnopleura e a somatopleura dá-se o nome de cordão umbilical.

Após a 8ª semana as estruturas extra-embionárias estão formadas:

- âmnio - reservatório de água e protecção
- alantoide - responsável pelas trocas entre o feto e a mãe
- cordão umbilical -  veias, artérias, canal vitelino e alantoide
- placenta humana - a placenta humana designa-se por placenta hemo-corial porque o sangue da mãe está em contacto com o córion. Tem diversos papéis: respiratório, nutritivo, excretor e endócrino.

 




Referências Bibliográficas:
Disponível em:
Acesso em 17 de outubro de 2013.









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