quinta-feira, 10 de outubro de 2013

DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO EM AVES E RÉPTEIS



       DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO EM AVES E RÉPTEIS

O desenvolvimento embrionário de aves e de repteis é semelhante, ocorrendo fora do corpo materno e no ambiente aéreo. As Aves e os Répteis são animais com desenvolvimento direto e cujo embrião se desenvolve no interior de um ovo terrestre de casca rígida que os protege do ressecamento (ovo cleidoico). Embriões de aves e de repteis desenvolvem quatro conjuntos de membrana extraembrionárias, denominados anexos embrionários, cujas funções são a proteção, a respiração, a obtenção de nutrientes do vitelo e o armazenamento de excreções. 
 


Em aves e em repteis a fecundação é interna. Durante a cópula, o macho introduz os espermatozoides na fêmea através da cloaca, uma abertura comum aos sistemas digestório e urogenital. Os espermatozoides deslocam-se no muco que recobre os condutos internos da fêmea, podendo fecundar um ou mais óvulos, logo que estes são liberados dos ovários. O zigoto dos ovários de aves e repteis é telolécito, com enorme quantidade de vitelo, suficiente para alimentar o embrião durante todo o desenvolvimento. No ovo da galinha, o vitelo corresponde à gema. 

Tendo ou não ocorrido fecundação, durante o deslocamento do óvulo entre o ovário e a cloaca vai ocorrendo o recobrimento da gema por albume, uma secreção aquoso rica em albumina produzida pelas células da parede do oviducto, o canal que conduz os ovos. Se ocorrer fecundação, a segmentação do blastodisco inicia-se já na parte superior do oviduto. A medida que o ovo percorre o oviduto, a segmentação progride, por ocasião da postura, cerca de 24 horas após a ovulação, o embrião já se encontra em estágio de blástula.



Formação dos folhetos germinativos

A Segmentação dos ovos telolécitos é meroblástica, ocorrendo apenas na região do blastodisco. As clivagens têm início logo depois da fecundação; à medida que o ovo em desenvolvimento percorre o oviducto, as sucessivas clivagens originam uma calota de células sobre o vitelo, o blastoderma. Sob o blastoderma surge um espaço, a cavidade subgerminal, que se prepara a calota de células, exceto nas bordas, do vitelo abaixo dela.

A linha Primitiva

Quando a galinha bota o ovo, o blastoderma já é um disco constituído por mais de 20 mil células. Suam região central, que tem, abaixo dela, a cavidade subgerminal, é chamada epiblasto (ou área pelúcida), circundada por células apoiadas no vitelo, que constituem a área opaca. Na sequência do desenvolvimento, células originadas em um local específico da borda do epiblasto, conhecido como foice de Koller, começam a ingressar para o interior da cavidade subgerminal, fundindo-se aos aglomerados celulares do hipoblasto primário. A ingressão de células do epiblasto pra o interior da blastocela, que ocorre a partir da foice de Koller, forma a chamada linha primitiva.




Anexos Embrionários


Em repteis, aves e mamíferos, paralelamente ao desenvolvimento dos tecidos embrionários, desenvolvem-se membranas celulares extraembrionárias, os anexos embrionários. Estes são: o saco vitelínico, o âmnio, o alantoide e o cório.




Saco vitelínico

O saco vitelínico, ou vesícula vitelínica, é a primeira membrana extraembrionária a ser formada. Ela se forma pelo crescimento conjunto do endoderma e da esplancnopleura (mesoderma) sobre o vitelo, originando uma bolsa membranosa que termina por envolver completamente a massa vitelínica.

Âmnio

O âmnio é uma membrana formada pelo crescimento conjunto do ectoderma e da somatopleura (mesoderma) ao redor do embrião, constituindo uma membranosa, a bolsa amniótica, que o envolve completamente. Essa bolsa é repleta de liquido e tem por função manter o embrião em um ambiente líquido, prevenindo a dessecação e amortecendo choques mecânicos.

Alantóide

O alantóide é uma evaginação membranosa da parede do arquêntero, formada pelo crescimento conjunto da endoderma e esplancnopleura. Esse anexo embrionário tem, portanto, a mesma constituição da membrana do saco vitelínico.

Cório    
                         
O cório, ou serosa, é uma membrana formada pelo crescimento conjunto da somatopleura e ectoderma, constituindo uma bolsa membranosa que envolve todos os outros anexos embrionários, inclusive a bolsa amniótica que contém o embrião. O cório se desenvolve e encosta-se à membrana junto à casca.

Referências Bibliográficas:
JOSÉ MARIANO AMABIS, GILBERTO RODRIGUES MARTHO. Biologia: Biologia das células.2ª Edição. São Paulo: Editora Moderna, 2004.Volume 1. Ensino Médio.



3 comentários: